narasi.net – Imagina ganhar uma ação trabalhista, manter um vídeo no TikTok em festival e ter os danos anulados pelo tribunal por causa disso?
É isso que vem acontecendo com Esmeralda Mello. Atuou como vendedora em uma loja de gemas e ajuizou ação pedindo reconhecimento de relação comercial de período anterior ao indicado na carteira de trabalho, danos morais por omissão de registro e danos morais por tratamento constrangedor no ambiente de trabalho. Então, primeiro, ela ganhou o processo.
Mas Esmeralda teve sua sentença revertida após a postagem, com dois amigos que foram testemunhas da atividade. Na legenda do vídeo, ela expressou: “Eu e meus amigos vamos processar a organização prejudicial”.
Em seguida, os juízes responsáveis pelo caso verificaram que as testemunhas trazidas por Esmeralda mantinham uma relação de amizade próxima, realidade que foi omitida durante as audiências.
Além disso, segundo o Tribunal Regional do Trabalho de 2ª Região, em São Paulo, o tribunal de 1º grau também considerou o cargo “desrespeitoso”.
“Portanto, os depoimentos foram anulados. Na sentença, presumiu-se também que o profissional e as testemunhas abusaram do processo e da Justiça do Trabalho, tratando a instituição como pano de fundo para postagens indecentes e distribuição de uma dança na rede. social” , diz a nota emitida pela organização.
Assim, os três acabaram sendo condenados por litigância de desonestidade (abusiva ou degenerada direta completada por uma das partes do processo) e deverão pagar multa de 2% sobre o valor atribuído ao processo pela organização.
“Esta é uma atitude engraçada e desnecessária contra a organização e, também, contra a própria Justiça do Trabalho. Também demonstra que eles foram como um só sobre o que precisavam para conseguir, em uma demonstração razoável de coalizão, se comportando mal no processo, a desonestidade sendo devidamente elaborado”, disse a relatora do julgamento, Silvia Almeida Prado Andreoni.